Experimento Número Um: O Resto é Ferrugem

Experimento #1: O Resto é Ferrugem é um livro experimental cujas linhas entrelaçam uma narrativa que tenderia ao infinito, não fosse o impasse da autora com o imperativo do tempo, que se expressa no processo de oxidação da máquina de escrever durante o processo de escrita. Uma escrita fragmentada, ofegante em perscrutar um si mesmo inconcluso, arrítmico. Este experimento flerta com o livro de artista assumindo o formato de uma escrita performática desde a primeira linha. A autora se propõe escrever sem parar durante 7 dias, levando a máquina a todos os cômodos da casa, na companhia de amigos ou sozinha como uma observadora ativa dos acontecimentos do presente que se tornam permeáveis a suas memórias e fantasias. Onde a escrita se aproxima de um gesto quase escultórico, imagens e registros do processo que se iniciou em 2015 são assimilados ao corpo expandido do livro.